sexta-feira, 30 de outubro de 2009

sentada no meu canto, fiquei imaginando as coisas todas que já aconteceram com nós dois, as noites que partilhamos lindamente, o riso descontraído, as palavras que foram ditas, o cheiro do teu corpo junto ao meu, e fiquei ali parada, sem ação, sem poder acreditar no que via, nas coisas todas que foram desconstruídas com um simples gesto.
eu não sei bem onde foi que paramos, em que momento o nosso caminho se perdeu, nem sei bem se a união está perdida, mas o cordão umbilical que unia os nossos sonhos, está por um fio.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

hoje sentei a mesa e fiquei mexendo o café, não sentia nem doce, nem amargo, depois, eu tentei comer uma fatia de queijo e acredite, não desceu.
O amor mata, corrompe e adoece a alma.
Quem muito ama, sabe do que eu falo, do quanto a gente muda pra ser amado do jeito como gostaríamos que fosse. Passamos para o meio dia, meia colher de feijão, não mais que isso de arroz, um pedaço mínimo de carne, mal terminei o suco e o mal estar começou.
Quem ama, faz dieta de fome e de alma também, essa é nova para mim, eu acho que agora sei que nunca amei, porque eu nunca fiquei um dia se quer, sem comer por causa de alguém.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

quem acredita em milagres? ou ainda, que acredita que uma pessoa pode mudar? tipo, se essa pessoa for totalmente diferente daquilo que se mostra, que se diz, você acha que ainda tem jeito? o que você pensa de uma pessoa que condena uma coisa e a faz?acha que a pessoa é falsa? ou gosta de aventuras? ou gosta ainda de fazer as outras pessoas sofrerem?? Tenso... Tenso...
Uma realidade da vida de tantos, sabe quando eu entro num relacionamento, eu costumo pensar que nem tudo é um mar-de-rosas, evidente que não.
Mas, existe uma TAG bastante relevante no meio desse texto e é justamente dela que eu decidi falar hoje. abrir o meu peito que agora, nesse momento, sofre, se desmancha em lágrimas, exacerba dores de onde nem eu sei mesmo de qual planeta vem.
Esse sentimento é

CONFIANÇA

Confiança perdida, meu povo, é sorte lançada, é a cerveja virada de um gole só, sem nem experimentar todo fervecer daquele momento prazeroso(e se você bebe cerveja, vinho, refrigerante, sejá lá qual for a bebida, é porque você gosta da bebida) e para que embriagar-se de cerveja (ou a bebida que preferir) e depois saber que aquilo tudo não passou de um momento na mesa do bar?
Eu costumo dizer que eu confio demais nas pessoas e realmente, sempre fui boba em acreditar num mundo melhor, onde homens e mulheres vivecem decentemente numa relação, sem traumas, sem maiores constrangimentos.
Eu já sofri pra porra com relacionamento, e digo claro e evidente, sempre fui lesada, a gente sempre dá mais (ou menos) do que deveria, a gente se doa muito, faz de tudo para acontecer e pra ganhar o que? o certo, seria ganhar CONFIANÇA, certeza que tudo aquilo que a gente faz, não vai virar lama, antes mesmo de chegar na poça. E essa pequenina porção de terra com água, quando se mistura, suja todo mundo. Suja a sua reputação, suja a sua credibilidade, suja sua mente (pra quem tem o mínimo de cara de pau, claro), enfim.
Quem quiser trocar o mar, infinito, de cor tênue por lama, escura, incerta, onde não sabemos se ao pisarmos o passo vai ser grande demais ou pequeno demais.

Dirija-se agora a mesmo à sala de bate-papo mais próxima.
você me abraça. me diz coisas que eu quero ouvir e acreditar. você não sabe o quanto eu chorei, o quanto já sofri. não sei ao certo o que faço de errado. você parece não se importar muito às coisas que eu digo. você se vai e diz que está tudo bem. mas no fundo eu sei que as dúvidas ainda pairam na sua cabeça. me diz então porque tantas juras, tantas lágrimas, por que será que eu não sou digna de um pouco de consideração, atenção. no que depender de mim, quem pode inventar o amor, somos nós mesmos. com a vontade que ele dê certo.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

eu que sempre fui tão cheia de sentimentos, que sempre brinquei do lado de fora do jardim prestando atenção em cada folha que caia na grama.
hoje estou cheia de medos, tenho anseios que me impedem de crescer
Porque entristeço? Porque anoiteço e a noite é escuridão. Hoje não existem estrelas no céu. Foram apagadas? Quem, senhoras, teve a ousadia de me privar da beleza das estrelas?

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Se eu fosse um garoto, eu pensaria melhor nos meus atos
nenhum homem sabe o quanto sofre uma mulher, nem quantas noites ficamos em claro
enquanto eles dormem sonhando com outras...

Se eu fosse um garoto, eu estaria envergonhado agora
em tantos erros que já cometi, em todo sofrimento que já causei em alguém
enquanto ela chorava por mim...

Se eu fosse um garoto, jamais ignoraria o amor
porque quem sabe amar, tem em mãos o sentimento mais nobre
enquanto agora, eu não tenho a quem cativar
Preciso definir isso em mim. Deixar claro o que será daqui para a frente. E eu já consigo ver seu rosto desatento me dizendo adeus. Como todos os outros, que vieram e que se foram. É tão claro como dia ensolarado o quanto igonora meus sentimentos. E eu podia passar horas te recriminando, reclamando, chorando, enlouquecida mas, hoje eu decidi ser mais eu, ficar calada, recolher a minha ira, por isso acho que estou a passar mal, porque minha garganta anseia um grito, e porque meus ouvidos anseiam uma palavra positiva. Eu sei, não sou a melhor pessoa do mundo, mas como todo ser humano, eu sou digna de amor e não de pena e gratidão
Essa insegurança me dói. Essa falta de vontade também. Já estou com todas as unhas ruídas e nem consegui tomar um gole de café se quer. Teu nome já não consigo nem pronunciar. Já estou com a pele perfurada de tantas lacunas rodiadas em meu peito. Já não sei mais quantas horas se passaram. Nem sei mesmo se posso acreditar em tudo o que dizes. Você não sabe o quanto que choro enquanto você dorme.
Diversos sonhos são jogados fora a cada erro cometido. Quantas esperanças são depositadas bem ali... na lata do lixo? para quem se diz rígido e firme em suas opniões, você me parece bem decidido quando o caso é curtição. Quando eu quero ajudar alguém, eu vou atrás, eu corro, levanto a bandeira e toco pra frente o bloco. Porém, quem é ajudado nunca deveria esquecer, mas esqueçe. Não quero com esses pensamentos soltos, passar na cara o que já fiz, ou deixei de fazer por quem amo. Mas, verdade seja dita, não quero ser a Madre Tereza de ninguém, não me quer, então fala.Os Momentos de felicidade são rapidamente apagadas a cada momento de raiva ou tensão. São jogadas fora também a maior parte das lembrançãs quando não há mais união. Algumas ficam apenas para recordação, se ao acaso da vida vier a saudade. Em falar nisso, ficar longe de quem se quer bem é tanta maldade. Os motivos se diferem, mas o resultado das equações é sempre um denominador comum,
independente das emoções de cada um.
Eu bem dizia não ligar pra opinião dos outros e não me abalar com comentários maldosos, mas frequentemente o via me olhando pelo espelho avaliando os tais defeitos. Eu, apenas uma menina. Dizia não me emocionar ou se sensibilizar com determinadas histórias, mas diversas vezes me peguei chorando pelos cantos. Eu era apenas uma menina. Dizia não me preocupar com os erros, que todos eles eram motivo para meu crescimento, mas quase sempre apoiava a cabeça nas mãos pensando em como não queria ter errado. Eu era apenas uma menina. Dizia-me uma mulher forte, inatingível, mas eu era apenas uma menina. Pensando bem, pra que eu ia querer uma pessoa que não liga pra opinião dos outros, uma pessoa que se diz tão forte a ponto de não chorar, uma pessoa que erra e não se arrepende em um só minuto, uma pessoa tão inatingível.. me diz, pra que eu ia querer alguém assim? Prefiro mesmo só uma menina...
Desde que nasci, as pessoas me disseram que eu tenho que dar carinho, que tenho de mostrar dedicação, que tenho que dar uma importância maior aos outros. Mas pra quê, se vai ser tudo da boca, de corpo e de espírito pra fora? Isso tem de ser verdadeiro, mas nesse momento não há forças e nem vontade de tornar verdadeiro o que foi desgastado, ao invés de continuar a atuar sobre vidas que necessitam dessa chance, de um fim de esperança. Me disseram que tenho de parecer um tanto quanto natural, dar a mão e aquele sorriso banal, pedem pra que eu seja irracional e faça tudo parecer casual. É a famosa hipocrisia, que você disfarça para não parecer ironia, tenta com rodeios achar a sinceridade, mas todos sabem que, na real, não há nada de verdade, nem em passos, gestos ou caridade. Tudo tão inventado, feito com pressa e não terminado. Palavras em vão, afagos por pressão. Me disseram que eu tenho de estar sempre lá pra ajudar, mas pra quê? Não quero mais mentiras com você.